Crédito desta foto: eu mesma inspiradíssima...

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31 de mai. de 2009

Chuva, suor e cachaça (com forró!)






Andei, andei, andei e nada de encontrar um lugar estilo Lado B pra dançar forró. Até que o inusitado cruzou o meu caminho. De um dos meus contatos da rede - uma simpático rapaz que dá aulas de forró, entre outros ritmos - veio a indicação: "Sertão Bom é o lugar pra se dançar um forró autêntico em Salvador". E veio acompanhada de contra-indicações: todos os lugares que eu tinha ido até então estavam limados por este "especialista".

E não deu outra. Em um sábado pra lá de chuvoso, convenci minha amiga aniversariante do dia, Márcia, que transferisse sua comemoração para lá. Mas as chuvas não ajudaram! A ela, porque a mim só beneficiaram: moro praticamente ao lado do restaurante típico, localizado na Pituba. O fato de ter chovido bastante deve ter esfriado os ânimos dos frequentadores, pois, nesse dia, não estava lotado - mas David, o professor de forró, garante que a gerência não permite superlotação, o que já conta 1.000 pontos no meu ranking de lugares legais pra frequentar.

Mas a chuva não esfriou os ânimos da casa noturna. Comida gostosa, uma cachaçaria típica (para quem gosta da branquinha, é excelente pedida), decoração lindíssima (parece que é interior mesmo) e, o principal, uma banda de forró autêntico (Clã Brasil), formada por um senhor pra lá de simpático e sua famiília - a tocar clássicos de Gonzagão e cia. Fui ao delírio! A segunda banda (Sobe Poeira) é mais moderna. Embora seu repertório seja mais recente, procura manter a linha da anterior - autenticidade de ritmos e estilos nas composições que executa.



Os preços são bons e o couvert, ótimo: R$ 7 reais. Ah, a casa tem horário para começar e terminar o arrasta-pé, das 21h às 2 h. Portanto não se atrase. Ponha suas botas pra enfrentar as quase fatais chuvas da noite de Salvador nessa época do ano e aproveite o forró de cidade grande com carinha de interior.

Anarriê!


17 de mai. de 2009

Um teatro encantado debruçado sobre o mar





No olho do furacão da cidade, onde tudo acontece, o Rio Vermelho, está um dos espaços mais encantadores: o Teatro do Sesi. Lá já passei por momentos muito especiais. Entre outros, um show da minha linda e talentosa amiga Claudia Dulth, um espetáculo teatral simplesmente mágico cujos personagens eram encenados com as mãos, um show do meu amigo Eduardo Brito com Eliane Veiga e Roberval Santos em homenagem aos magistrais Cartola e Noel. E nesse último, levei a minha mãe - todos hão de convir que um espaço para o qual levamos a nossa mãe tem que ser um lugar sagrado.



Sagrado? Muito mais que sagrado: debruçado sobre o mar, esse encantador (olha a palavra de novo...) espaço, além da música de altíssima qualidade do bar da varanda, o Jequitibar, tem a inebriante canção do mar. Já viu coisa mais perfeita? Um teatro debruçado sobre o mar. E quando tem lua cheia... hummmmm... Até hoje, nunca vi essa maravilhosa dobradinha por onde andei. Na última sexta, 15 de maio, o meu encantamento extrapolou com o show "Da areia", da cantora e compositora Juliana Ribeiro (www.myspace.com/julianaribeirocanta).

Enquanto a platéia se acomodava, o som ambiente de mar quebrando na beira da praia permanecia no ar, criando o clima para o que ainda estava por vir... Mar ali, mar aqui, mar acolá. Simplesmente irresistível! Um dos momentos mais arrebatadores - juro, deu vontade de pular da cadeira pra dançar - foi a participação do ator, dançarino, produtor, cabeleleiro... ufa! Déo Carvalho. Ele dançou e cantou um delicioso maxixe com a Juliana.

Essa encantadora (!!!) artista tem tudo a ver com esse encantador espaço pela consistência de seu trabalho que traz uma extensa e rica pesquisa (resultado do mestrado que está concluindo na Escola de Música), pelo compartilhamento com o público de toda essa cultura e, acima de tudo, pela alma que coloca em tudo que faz. Sexta que vem é o último dia da temporada. Vê se não vão perder, hein?!

Nesse mini clip abaixo (passe uma vez para carregar e acione novamente o play ao final), você pode conferir uma pedacinho desse encanto - mas nada se compara ao que se sente presencialmente.



Observação: o dicionário Michaelis explica o significado dessa que eu considero uma das mais semanticamente ricas e esteticamente belas palavras da nossa língua: "adj (encantar+dor2) Que encanta; be­lís­simo, esplêndido. sm 1 Aquele que faz encan­tamen­tos; mágico. 2 Aquele ou aquilo que encanta ou seduz."

11 de mai. de 2009

O MAM, ah, o MAM...





O MAM é mais que meu lugar preferido na cidade. É o MEU lugar! É simples, sem discussão e pronto.
Sábado à tarde é uma delícia olhar o sol bater no cais, depois de visitar o belíssimo Parque das Esculturas e as exposições do momento.
Sábado à tarde é uma delícia pagar apenas R$ 4 para ver um filme de alto nível numa salinha acolhedora.
Sábado à tarde é uma enorme delícia comer aqueles lanches antes de ir ver o filme - faz o seguinte: paga o cine e o lanche juntos, pois é no mesmo caixa. Acho que R$ 10 reais dá.
Sábado à tarde é uma delícia aguardar o crepúsculo e sentir a brisa acariciar meu rosto enquanto Ivan Huol e cia arrasam com a Jam no MAM. Esse projeto que reúne alguns dos melhores músicos da cidade em uma jam sessions e que existe há cerca de (pasmem!)10 anos, mas que nunca teve muita visibilidade nem grana - mas, pra compensar, tem a garra e fibra de Ivan Huol que nunca desistiu de seu sonho.
Isso é que é vida, pois não é pra qualquer um poder ser feliz com tudo isso e ainda com trilha sonora - e olha que é uma diferente pra cada sábado.